Sobre a Empresa
A Bebilusa, uma empresa familiar portuguesa fundada em 1927 no coração de Lisboa, é hoje uma referência no mercado de licores e bebidas espirituosas. Criada pelo avô de Rodrigo Martins, atual CEO e representante da 3ª geração, a empresa quase centenária foi o tema do mais recente episódio do videocast Family Business Talks, promovido pela CATÓLICA-LISBON. Neste episódio, Rodrigo e o seu filho André Martins, representante da 4ª geração, partilharam as suas visões sobre a história da Bebilusa, os desafios enfrentados e as ambições para o futuro deste negócio familiar.
A transição geracional é frequentemente um dos maiores desafios para os negócios familiares. Na Bebilusa este processo é pautado pela confiança. André Martins, que completou a sua formação em Gestão de Marketing e uma Pós-Graduação em Gestão de Vendas, entrou para a empresa há três anos. Contudo, logo percebeu que o que aprendeu na universidade não se aplicava diretamente ao contexto do negócio familiar.
Rodrigo explica: “O André trouxe uma formação sólida, mas logo percebeu que nem tudo funciona como está nos livros. Muitas vezes, é preciso adaptar, ajustar e improvisar. A experiência prática e o conhecimento profundo do terreno fazem toda a diferença, e isso é algo que se aprende gradualmente”. Rodrigo, por sua vez, também iniciou o seu percurso na empresa aos 18 anos, sob a orientação do seu pai, e reconhece a importância dessa experiência vivida.
A pressão da transição é significativa. Como Rodrigo confessa, “como pai, sabemos que, se algo correr mal, estamos a colocar em risco gerações de trabalho. A pressão é tremenda, mas ver o André a superar as expectativas dá-me tranquilidade. Ele tem uma paixão genuína pelo negócio, o que é uma sorte para mim. O André gosta de estar no terreno, de interagir com as pessoas e de conhecer novas tendências. Isso é crucial, porque o mercado muda cada vez mais rápido”.
Por outro lado, André reconhece a importância de respeitar a herança e a cultura da Bebilusa. “Adaptar-me à realidade da Bebilusa foi um processo de aprender a tirar o máximo partido do que temos. No início, senti alguma frustração, pois tentei implementar algumas ideias e processos que tinha aprendido, mas percebi que a nossa estrutura não permite algumas práticas mais típicas de multinacionais”, partilha André. No entanto, ele não deixa de procurar inovação. “Uma das áreas onde vejo potencial de melhoria é na imagem dos nossos rótulos. Já discuti esta ideia com o meu pai, e acho que começaremos a implementá-la gradualmente. Queremos modernizar sem perder a essência da marca, especialmente em produtos como a ginja, que evoca uma Lisboa antiga e tem um estilo vintage”.
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